A avicultura brasileira está em estado de alerta.  O motivo é a recente detecção de influenza aviária em aves silvestres, o que levou o Ministério da Agricultura e Pecuária a declarar estado de emergência zoossanitária.  A medida, publicada em maio, vale por 180 dias com o objetivo de evitar que a doença chegue na produção de aves de subsistência e comercial, preservando a saúde animal e humana. 

 Com o alerta da influenza, os cuidados nas granjas se intensificaram e o assunto biosseguridade voltou a ter lugar de destaque nas discussões do setor com foco em todas as etapas de criação das aves: produção, nutrição, bem-estar e saúde. 

 Para uma boa produtividade nas granjas de aves, alguns fatores são essenciais. Entre eles, a genética, alimentação, manejo e controle das aves. Dados da Embrapa mostram que ao implementar e manter boas práticas de produção baseadas em biosseguridade, os produtores podem minimizar o risco de doenças nas aves e contaminações em seus produtos. Ou seja, implementar práticas que previnam e controlem a entrada de doenças que afetem  a saúde, o bem-estar e o desempenho das aves é essencial.

Entre as práticas de prevenção que devem ser estabelecidas em um programa de biosseguridade eficiente, estão a exclusão e a contenção. Na exclusão é necessário manter uma carga mínima de micro-organismos que não interfira na saúde e na produção das aves, mantendo a doença fora da granja ou em níveis aceitáveis. A contenção é necessária na ocorrência de alguma doença que deverá ser impedida de se propagar dentro das instalações.

O Brasil é o maior exportador de carne de frango do mundo, o que motiva os produtores de aves a seguirem firmes no cumprimento das normas sanitárias para manter o título e garantir bons resultados. E agora, mais do que nunca, esses cuidados precisam ser implantados nas granjas de norte a sul do país com a vantagem da biosseguridade ser considerada a forma mais eficaz e com melhor custo-benefício  para manter as granjas longe de doenças.

Ações de prevenção:

Isolar a granja: por lei, as granjas devem respeitar uma distância mínima e as aves devem ser separadas por espécie e idade. Quanto mais isolada a granja estiver, menor é a chance de contaminação. Impedir a entrada de pessoas e ter duas formas de acesso a ela, uma para funcionários, ração e materiais e outra para a saída de resíduos seria o ideal.

Controlar o trânsito: visitas devem ser restringidas ao máximo. Os funcionários devem tomar todos os cuidados necessários como banho, troca de roupas e calçados. A medida vale também para os terceirizados como veterinários, por exemplo.

Vacinação em dia: o programa de vacinação precisa ser cumprido à risca para evitar que diversas doenças se manifestem.

Procedência da ração: conhecer a origem das rações e outras matérias-primas  que entram nas granjas e dar atenção ao armazenamento é a forma de evitar a transmissão de doenças através da alimentação.

- Embrapa

- Gov.br